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… Quando a depressão se manifesta na infância e adolescência




As perturbações e os sintomas depressivos ocorrem, durante a infância e adolescência, com uma prevalência cada vez maior, o que merece a nossa especial atenção, interesse e preocupação.


A depressão é um distúrbio afetivo que pode ocorrer durante todo o ciclo de vida (desde a infância até à velhice) e, como tal, devemos olhá-la sob uma perspetiva desenvolvimental, conscientes de que algumas características e sintomas depressivos podem manifestar-se de forma diferente ao longo do desenvolvimento humano.


Como é consigo identificar algum sintoma depressivo no meu filho(a)?

Contrariamente aos adultos, onde o humor depressivo e a anedonia (incapacidade de sentir prazer) são predominantes, nas crianças o mal-estar emocional expressa-se sobretudo através de uma variedade de comportamentos de externalização.

São comuns sintomas como o humor irritável, acompanhado por birras; alterações do sono e do apetite; comportamentos de franca oposição, com baixa tolerância a situações de frustração; maior agitação psicomotora; dificuldades ao nível da autonomia e da separação do adulto do qual dependem; isolamento social; e dificuldades escolares com diminuição das capacidades de atenção/concentração e sintomas somáticos (ex. dores de cabeça e de estômago).


De que forma estas perturbações podem afetar o crescimento do meu filho(a)?

Reconhece-se, hoje em dia, que a depressão está associada a um enfraquecimento crónico e marcado do funcionamento da criança a nível psicossocial e a grandes dificuldades interpessoais, que podem persistir pela vida adulta, caso não se intervenha precocemente. Daí a importância de estarmos atentos aos sintomas e sinalizarmos o mais cedo possível.


Quando devo procurar ajuda para o meu filho(a)?

Se algum dos sintomas indicados persistir por várias semanas, de forma continuada, e começar a causar prejuízos no funcionamento diário do seu filho (em casa, na escola ou com os colegas), deverá procurar ajuda de um profissional que avalie os sintomas e defina estratégias de intervenção, em prol do bem-estar emocional e social da criança e, consequentemente, da família.


Texto elaborado por: Dra. Verónica Pereira, Psicóloga e Formadora na ForYourMind.

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